quinta-feira, 21 de abril de 2016

Literatura Clássica - Que bicho é isso?

   Quem nunca se deparou com a denominação “Literatura Clássica” e pensou ser um livro longo com mais de 700 páginas, de folhas grandes e letras miúdas, repleto de palavras difíceis de entender?
   Pois é, muitos acham que os clássicos são livros monstros, de leitura chata e maçante, que só falam de coisas do passado. Mas na verdade não é bem isso.


   Os chamados livros da literatura clássica nada mais são que obras feitas em determinada época (desde meados do século XVI (dezesseis) até finais do século XVIII (dezoito), na Europa) e que seguem os cânones ocidentais (parâmetros gramaticais, modelos literários), embora nem todos sigam a mesma linha de parâmetros. Basicamente falando, os clássicos são obras que apesar de abordar problemas e questões políticas, culturais e sociais de sua época, sua leitura no tempo atual continua tendo o mesmo significado, pois os mesmos problemas e questões podem ser abordados ainda nos tempos de hoje, sendo assim, livros atemporais.
   Por isso que as obras clássicas são tão requisitadas em estudos escolares, bem como em vestibulares e trabalhos acadêmicos, pois seus temas não se tornam obsoletos ou antiquados, mas reforçam o pensamento e a formação de opinião sobre temas socioculturais da atualidade.
   Além da literatura clássica, temos também a literatura universal (e não me refiro aos jornais e publicações da igreja Universal). Mas afinal qual a diferença?

   Segundo o músico e compositor Renato Rocha, "Clássica é a obra que tem dimensão universal: consegue atravessar gerações, fronteiras e nacionalidades, sem perder as suas características."

   Embora estes termos sejam meio subjetivos, a diferença consiste no ponto em que uma literatura pode ser universal sem ser clássica, ou pode ser clássica e universal, pois a diferença se encontra em apenas um ponto.
   Denomina-se literatura universal toda obra que tenha um significado literário único, mesmo em outros países e que possua uma grafia clássica (sem palavras e expressões chulas ou populares).
   É claro que, se for analisar profundamente, existem outras nuances a serem analisadas para que uma obra se torne clássica ou universal, mas o princípio é este.

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